O INIMIGO DA JUVENTUDE E A ARMA PARA O COMBATE: ABSTER-SE



O grande educador Tihamer toth testemunhava sua experiência com as crianças dizendo que sofreu dolorosas desilusões. Via crianças que prometiam muito futuro definharem rapidamente depois dos doze anos. Pelos quatro grandes inimigos da sua idade: as paixões, a frivolidade, a falta de experiência e os maus desejos.

“O pior de todos...as paixões.  O pior escolho para a juventude é esta vergonhosa moleza que arrasta tantos jovens de hoje a satisfazer as suas paixões, a obedecer, quase sem resistências, as instintos de natureza animal.

Hoje, só uma coisa se quer: gozar e divertir-se! Por isso o autodomínio e a renuncia são os primeiros meios para exercitar na vontade.

O domínio dos sentidos, a submissão a regras, a abnegação, a restrição de nossos desejos são meios a empregar para libertar a nossa alma. Por isso ti aconselho:” cumpre teu dever alegremente, mesmo quando ele não ti agrada; renuncia, de vez em quando, a uma distração, a  um prazer legitimo, a uma iguaria favorita, mesmo que ti custe muito”. E por uma motivo muito grave. A abnegação ajudará a dar asas a alma, de substituir em nós o reinado do corpo pelo do espirito.

Esses exercícios são somente o reino da vontade, mas, este treino conduz a uma vida mais digna. Foi com grande clarividência que os latinos deram o mesmo nome “ virtus” à virtude e a força. Quiseram significar com isso que sem esforços e sem as vitórias sobre nós mesmos não há virtude.

A teoria e a prática justificam as palavras de Jesus: Aquele que  quiser seguir-me, renuncie a si mesmo, tome sua cruz e me siga”.

É mal jardineiro aquele que por dó da roseira não corta os galhos secos. A roseira assim tratada não dará rosas. O jovem que nunca se recusou a nada também nunca poderá dar frutos, nunca terá uma vontade forte.

Quem sabe dominar-se, liberta-se dum jugo que a natureza nos pôs ao pescoço(Goethe).

Nada há, além disso, que possa nos dar a verdadeira liberdade; e isto só si obtém pela renuncia. È a ideia profunda de Tomás de Kempis quando escreve: ”Quanto puderes vencer a tua vontade, tanto progressos farás no bem”. ”