Padre Carlos Miguel Buela Fundador do Verbo Encarnado





         Carlos Miguel Buela nasceu na cidade de Buenos Aires no dia 4 de abril de 1941 no seio de uma família profundamente religiosa. Recebeu sua primeira comunhão na Paróquia São Bartolomeu Apóstolo, no dia 8 de dezembro de 1949, dia da Imaculada Conceição, momento do qual se recorda dizendo: «Recebemos pela primeira vez o Corpo, Sangue, Alma e divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um momento inefável!».

        Ingressou no Seminário de Vila Devoto (Buenos Aires) em 1964 e terminou seus estudos no Seminário São Carlos Borromeu da cidade de Rosário. Foi ordenado sacerdote em 7 de outubro de 1971 na cripta do Santuário de Nossa Senhora de Lourdes dos Lugares Santos (Buenos Aires) e no dia seguinte cantava sua primeira missa no «Camarim» (capela principal na Basílica) da Virgem de Luján. Diz ele: “Com o rigor da verdade, o sacerdote se pendura na Hóstia que eleva”. Intenso foi seu trabalho de docente, começado já desde mpenhando-se em seguida como professor em várias instituições.

        Foi discípulo de duas grandes glórias da Igreja na Argentina, os padres Julio Meinvielle e Leonardo Castellani. De ambos têm formosas lembranças, assim como de quem foi o seu diretor espiritual, o Pe. Pablo Di Benedetto. Do Pe. Castellani dizia: «Foi um apaixonado. Um amante apaixonado do Verbo feito carne. (…) Sua pessoa se eleva gigantescamente em meio do achatamento planetário deste tempo indigente. Foi autêntico! Foi coerente! Chamou as coisas por seus nomes! Foi valente! Arriscou-se por aquilo que amava! Foi magnânimo! Foi nobre! Enfim, foi sacerdote, guerreiro e poeta, porque contemplou, brigou e cantou!».

         Não economiza tampouco elogios ao falar do Pe. Meinvielle: «E se foi impertérrito, durante quase cinquenta anos, se manteve “firme en la brecha” (Sal 106, 23), quer dizer, se esteve sempre preparado e disposto para combater os combates de Deus, foi porque sua alma se alimentava, assiduamente, na contemplação de Jesus Cristo, o Logos feito carne: em Si mesmo, em sua Igreja, na Eucaristia, em cada homem. Se alguém, para reprimir sua inquebrantável fortaleza, lhe tivesse aconselhado que se contentasse com celebrar a Missa, teria respondido como fez Frei Francisco de Paula Castañeda: “É precisamente a Missa o que me aviva, e me arrasta, e me obriga à luta incessante”».

         Sua produção intelectual é muito prolífera e se reflete nos inumeráveis sermões, palestras, conferências e retiros realizados desde os primeiros momentos de sua ordenação sacerdotal. Entre seus escritos contamos: «Jovens rumo ao terceiro milênio», livro que já se encontra na quinta edição e foi premiado na Feira Internacional do Livro em Buenos Aires como melhor livro sobre Religião e Espiritualidade, «O catecismo dos jovens», «Modernos ataques contra a família», «Sacerdotes para sempre», «Nossa Missa», «Pão da Vida Eterna e Cálice da Eterna Salvação», «Maria de Luján», «Fátima: e o sol bailou», «João Paulo Magno», e assim numerosos artigos, publicados em diversas revistas de formação.

       É um incansável pregador e grande propulsor dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, tendo já pregado a mais de cem grupos de exercitantes. Incansável pregador de missões populares e fundador de vários Lares de Misericórdia. Foi reeleito Superior Geral por outro período no Capítulo Geral do ano 2007 e há anos reside na Casa Geral do IVE em Roma.


Rezemos pelas vocações!






Chama Jesus todos os homens a salvação eterna; foi por eles que nasceu, padeceu e morreu. Não obstante, variados são os caminhos pelos quais os conduz ao céu. Cada alma recebe dons, aptidões em relação com o seu estado e com a missão que deve cumprir.

Essas missões são diversas como os estados de vida. Algumas, mais sagradas, assumem o caráter de uma vocação. Todas as vocações são ordenadas em mira a salvação, e a elas deve cada um mostrar-se generosamente fiel. Umas há, porém, mais elevadas que outras, e entre estas ocupa a primeira linha a vocação sacerdotal.

Admite-se que nem todos são indistintamente chamados ao Sacerdócio. O oficio do Sacerdote corresponde a uma missão por demais elevada, requer qualidades demasiado especiais, comporta responsabilidades sobejamente grandes e confere poderes demasiadamente extensos, para que tão alta vocação não seja efeito de um chamado particular e de uma escolha individual.
Essa condição é essencial tanto para lhe receber a honra quanto para lhe desempenhar as funções. O Sacerdote e um “chamado", um “escolhido”, um “privilegiado” de Deus.

É o que faz sua grandeza. É o que lhe assegura as graças da sua sublime e delicada missão. Daí a importância capital de conhecer-se a escolha de Deus sobre as almas sacerdotais. Só estas podem aspirar a honra do Sacerdócio. “Ninguém se arrogue essa honra, senão o que e chamado por Deus”, diz-nos S. Paulo. “Nec quisquam sumit sibi honorem, sed qui vocatur a Deo”.


Essa escolha divina comporta uma dignidade sem igual, que não honra só ao Sacerdote, mas que ressalta sobre a família e a sociedade. E' por isso que todos “ devemos nos preocupar pelas” vocações sacerdotais.

(fonte: De la Croix)