EPIFANIA DO SENHOR



" Era preciso coragem a fim de acolher o sinal da estrela como uma ordem para partir, para sair rumo ao desconhecido, ao incerto, por caminhos onde havia muitos perigos à espreita. Podemos imaginar que a decisão destes homens tenha provocado sarcasmo...Quem partia baseado em promessas tão incertas, arriscando tudo, só podia aparecer como ridículo. Mas, para estes homens tocados interiormente por Deus, era mais importante o caminho segundo as indicações divinas do que a opinião dos outros. Para eles, a busca da verdade era mais importante que a zombaria do mundo, que se aparenta muitas vezes mais inteligente"

Papa Bento XVI



Feliz dia de Maria Mãe de Deus!


                Hoje celebramos essa linda e grandiosa festa, Maria mãe de Deus; muitos de nós desde pequenos sabemos que Maria é a Mãe de Jesus e também que ela é a mãe de Deus, mas, já pensamos alguma vez como isso pode ser verdade? Por isso, quis publicar este artigo, para que possamos crescer na nossa fé a respeito da Maternidade Divina da Virgem Maria, que atualmente é tão ignorada pelo mundo.
                Diz o catecismo da Igreja Católica:
                Denominada nos Evangelhos “A mãe de Jesus” (Jo 2,1; 19, 25). Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito, desde antes do nascimento do seu filho, como “a Mãe do meu Senhor” (Lc 1,43). Com efeito, Aquele que ela concebeu do Espírito Santo como homem e que se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro que o filho eterno do Pai, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é verdadeiramente Mãe de Deus. (Catecismo da Igreja Católica, 495).
                A Santíssima Virgem Maria é própria, real e verdadeiramente Mãe de Deus, já que gerou segundo a carne ao Verbo de Deus Encarnado. Na Sagrada Escritura não é usada a fórmula “Maria, Mãe de Deus” mas se deduz com certeza e evidência de duas verdades da revelação: que Maria é a Mãe de Jesus, e que Jesus é Deus.
·        Maria é Mãe de Jesus: Mt 1,16; 2,11; Lc 2,37-48; Jo 2,1 etc. Ademais Jesus é apresentado como concebido (Lc 1,31) e nascido (Lc 2,7-12) da Virgem.
·       Jesus é Deus: Jo 1,1-14; Mt 26, 63-64; etc. Também comprovado por seus milagres feitos em nome próprio (Lc 7,14; Jo 11,43; etc.), pela prova definitiva de sua própria ressurreição (Mt 28,5-6; etc.) anunciada previamente por Ele mesmo antes de sua morte (Mt 17,22-23; etc.).
                A primeira proclamação dogmática oficial da Maternidade Divina de Maria aparece com o Concílio de Éfeso (431) onde se aprovou a carta de São Cirilo de Alexandria na qual está claro o tema da única Pessoa Divina de Cristo baixo as duas naturezas, divina e humana, e, por conseguinte a Maternidade Divina de Maria. Estas declarações foram retomadas e confirmadas no Concílio de Constantinopla em 553.
    
                       ·      Razão teológica
                A explicação teológica se baseia em um princípio simples: As mães são mães da pessoa de seus filhos, composta de alma e corpo, ainda que elas proporcionem unicamente a matéria do corpo, ao qual infunde Deus a alma humana, convertendo-a então em pessoa humana. Mas Cristo não é pessoa humana, senão pessoa divina, ainda que tenha uma natureza humana desprovida de personalidade humana, que foi substituída pela personalidade divina do Verbo no mesmo instante da concepção da carne de Jesus (Cf. Suma Teológica de Santo Tomas de Aquino, III, Q.33, a.3).
            Assim, Maria, concebeu realmente e deu à luz a pessoa divina de Cristo, única pessoa que há Nele e, por conseguinte, cabe chamar-la Mãe de Deus.
            Para compreendermos de uma forma mais simples pensemos assim: Jesus é Deus, Maria é mãe de Jesus, logo Maria é mãe de Deus.
            O ano esta começando, que a Virgem Maria possa nos proteger a nós que também somos seus filhos durante todo esse novo ano e que também nós possamos nesse ano fazer algo maior para ela, para que ela e seu Filho estejam sempre na frente de nossas vidas. Feliz 2013.
Sem. Matheus Mendes