Chama Jesus todos os homens a salvação
eterna; foi por eles que nasceu, padeceu e morreu. Não obstante, variados são
os caminhos pelos quais os conduz ao céu. Cada alma recebe dons, aptidões em relação
com o seu estado e com a missão que deve cumprir.
Essas missões são diversas como os estados
de vida. Algumas, mais sagradas, assumem o caráter de uma vocação. Todas as vocações
são ordenadas em mira a salvação, e a elas deve cada um mostrar-se generosamente
fiel. Umas há, porém, mais elevadas que outras, e entre estas ocupa a primeira linha
a vocação sacerdotal.
Admite-se que nem todos são
indistintamente chamados ao Sacerdócio. O oficio do Sacerdote corresponde a uma
missão por demais elevada, requer qualidades demasiado especiais, comporta
responsabilidades sobejamente grandes e confere poderes demasiadamente extensos,
para que tão alta vocação não seja efeito de um chamado particular e de uma
escolha individual.
Essa condição é essencial tanto para lhe
receber a honra quanto para lhe desempenhar as funções. O Sacerdote e um “chamado",
um “escolhido”, um “privilegiado” de Deus.
É o que faz sua grandeza. É o que lhe
assegura as graças da sua sublime e delicada missão. Daí a importância capital
de conhecer-se a escolha de Deus sobre as almas sacerdotais. Só estas podem
aspirar a honra do Sacerdócio. “Ninguém se arrogue essa honra, senão o que e
chamado por Deus”, diz-nos S. Paulo. “Nec quisquam sumit sibi honorem, sed qui
vocatur a Deo”.
Essa escolha divina comporta uma dignidade
sem igual, que não honra só ao Sacerdote, mas que ressalta sobre a família e a
sociedade. E' por isso que todos “ devemos nos preocupar pelas” vocações
sacerdotais.
(fonte: De la Croix)