Nosso grande amor deve ser sempre a figura branca (pura) do Papa. "Onde está Pedro,
está a Igreja” diz Santo Ambrósio (...). Depois que Simão dá testemunho de
Cristo: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16:16), Cristo testemunha a Simão:
Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja (Mt 16:18).
A ideia de Corpo das Igrejas exige a existência de
uma Cabeça das Igrejas, que é precisamente a Igreja de Roma, que “preside a
comunhão universal da caridade” (Santo Inácio de Antioquia). O sucessor de
Pedro “é principio e fundamento perpétuo e visível” da unidade da Igreja
universal e da unidade do Episcopado.
O ministério
petrino não é um serviço que alcança as Igrejas particulares “de fora”, senão,
“pertence a essência de cada Igreja particular desde dentro”( B. João Paulo II).
O ministério do Primaz comporta uma força episcopal, ou seja, como bispo
universal e da diocese de Roma, não é uma mera dignidade, de tal modo que tudo
o que um bispo pode fazer em suas paróquias o pode fazer o Papa em todas e em
cada uma das Igrejas particulares do mundo; é poder supremo, nenhum outro
possui maior ou igual poder; é poder pleno, não somente da parte principal; é
imediata, pode exercê-la sobre todos os Bispos e fiéis; é universal, sobre
todos sem excluir nenhum; é ordinária, derivada diretamente de Jesus Cristo; e
“pode exercê-la sempre e livremente”(LG 22).
A tarefa primordial do Romano Pontífice pra toda a
Igreja é a promoção da unidade, que não repugna a promoção da diversificação
própria da comunhão.
Fazemos nosso o ensinamento de Santo Inácio de Loyola: “devemos sempre ter para em tudo acertar, que o branco que eu vejo, creio que é preto, se a Igreja Hierárquica assim o determina”. Por tanto, seguros de que essa é a vontade de Jesus Cristo, “permaneçamos surdos quando alguém nos fale indiferente do Papa, somos explicitamente a favor do Papa e da sã e exata doutrina da Igreja: tais não são plantação do Pai Celestial, senão malignos retornos de heresias que produzem frutos mortíferos”. Recordemos sempre que “ao Papa se deve amar em Cruz; e quem não o ama em cruz, não o ama na cruz, não o ama de verdade. Estar em tudo com o Papa quer dizer estar em tudo com Deus; amar a Jesus Cristo e amar ao Papa é o mesmo amor”, já que “... amar ao Papa, amar a Igreja, é amar a Jesus Cristo” (São Luiz Orione).
(Constituições do IVE art 5, 309-312)